quarta-feira, 31 de março de 2010

Classificação dos Esportes: "Relação de Cooperação e Oposição"

Dentro das classificações possíveis neste trabalho, optou-se, inicialmente, por aquela que permite dividir os esportes em quatro grandes categorias a partir da combinação de outras duas distribuições, o que permite construir uma matriz de análise que, embora não inclua todos os esportes, envolve uma importante parte do universo das modalidades. De forma resumida, pode-se dizer que os critérios são: a) se existe ou não relação com companheiros e, b) se existe ou não interação direta com o adversário. Com base nesses princípios é possível classificar as modalidades em individuais ou coletivas, quando utilizado o critério relação com os companheiros, e com e sem interação direta com o adversário, quando o critério utilizado é a relação com o oponente.

Com base no primeiro critério os esportes podem ser classificados como individuais, segundo seu próprio nome indica, quando o sujeito participa sozinho durante a ação esportiva total (duração da prova, do jogo), sem a participação colaborativa de um colega, e em esportes coletivos, quando as modalidades exigem, pela sua estrutura e dinâmica, a coordenação das ações de duas ou mais pessoas para o desenvolvimento da atuação esportiva.

Já quando considerada a relação com o rival como critério de classificação, a interação com o adversário pode ser identificada como a característica central dos esportes com oposição direta. Essa condição exige dos participantes adaptações e mudanças constantes na atuação motora em função da ação e da antecipação da atuação do adversário.

Estes esportes também podem, de forma mais ampla, ser denominados de atividades motoras de situação, definidas como "atividades ludomotoras que exigem dos sujeitos participantes antecipar as ações do/s adversário/s (e colega/s se a atividade for em grupo) para organizar suas próprias ações orientadas a alcançar o/s objetivo/s das atividades lúdicas" (GONZALEZ, 1999, p.4). Outros autores denominam a condição de interação com o adversário de oposição direta (RIERA, 1989), da mesma forma que a categoria com interação supõe a presença do adversário que se enfrenta diretamente, o qual procura a todo momento neutralizar a atuação do rival.

Combinando estas duas classificações teremos as seguintes categorias:

  • Esportes individuais em que não há interação com o oponente: são atividades motoras em que a atuação do sujeito não é condicionada diretamente pela necessidade de colaboração do colega nem pela ação direta do oponente.

  • Esportes coletivos em que não há interação com o oponente: são atividades que requerem a colaboração de dois ou mais atletas, mas que não implicam a interferência do adversário na atuação motora.

  • Esportes individuais em que há interação com o oponente: são aqueles em que os sujeitos se enfrentam diretamente, tentando em cada ato alcançar os objetivos do jogo evitando concomitantemente que o adversário o faça, porém sem a colaboração de um companheiro.

  • Esportes coletivos em que há interação com o oponente: são atividades nas quais os sujeitos, colaborando com seus companheiros de equipe de forma combinada, se enfrentam diretamente com a equipe adversária, tentando em cada ato atingir os objetivos do jogo, evitando ao mesmo tempo que os adversários o façam.

O Quadro 1 mostra alguns exemplos:

Quadro 1 - Classificação em função da relação de cooperação e oposição


Classificação dos Esportes: em função das características do ambiente físico onde se realiza a pratica esportiva.

Quando se observa o ambiente físico no qual se realiza a prática esportiva, pode-se perceber que a atuação dos praticantes é afetada de forma diferente por ele. Estas formas diferenciadas de o ambiente físico afetar as práticas motoras permitem classificar os esportes no mínimo em duas categorias. Uma reúne o conjunto de esportes que se realizam em ambientes que não sofrem modificações, isto é, não criam incertezas para o praticante no momento em que ele o conhece. Uma segunda categoria agrupa o conjunto de esportes em que o ambiente produz incertezas para o praticante, com base nas mudanças permanentes do ambiente físico onde se pratica a modalidade ou quando o mesmo é desconhecido pelo atleta. Assim, nesta lógica, as práticas motoras institucionalizadas classificam-se em:

  • Esportes sem estabilidade ambiental ou praticados em espaços não-padronizados: São aqueles que se realizam em espaços mutáveis e que, conseqüentemente, apresentam incertezas para o praticante, exigindo dele a permanente adaptação de sua ação motora às variações do ambiente.

  • Esportes com estabilidade ambiental ou praticados em espaços padronizados: São os que se realizam em espaços estandardizados e que não oferecem incertezas para o praticante.

O Quadro 2 mostra alguns exemplos.

Quadro 2- Classificação em função das características do ambiente físico onde se realiza a prática esportiva.


domingo, 28 de março de 2010

O que é lúdico?

O lúdico tem sua origem na palavra "ludus" que quer dizer jogo, a palavra evoluiu levando em consideração as pesquisas em psicomotricidade, de modo que deixou de ser considerado apenas o sentido de jogo. O lúdico faz parte da atividade humana e caracteriza-se por ser espontâneo, funcional e satisfatório.
Na atividade lúdica não importa somente o resultado, mas a ação, o movimento vivenciado

Educação Fisica na escola. "Questões e Reflexões"




O primeiro capítulo traz uma breve discussão sobre algumas questões que permeiam a Educação Física Escolar no Brasil ao longo do século XX, o contexto da apresentação de algumas propostas pedagógicas surgidas a partir da década de 80. Em seguida, discute-se a questão da formação do profissional de Educação Física, desde o modelo tradicional, passando ao científico até a defesa da formação do profissional reflexivo. No capítulo seguinte, discute-se o afastamento que ocorreu entre a produção científica da Educação Física com sua prática pedagógica, utilizando como referência a área da Aprendizagem Motora. Finalmente, o último capítulo apresenta a metodologia e os principais resultados de uma pesquisa conduzida com sete professores pós-graduados, com a intenção de verificar quais foram os avanços alcançados através da adoção do modelo de formação profissional científica e as possibilidades de aplicação do conhecimento científico na prática pedagógica do professor de Educação Física.


quarta-feira, 3 de março de 2010

Xadrez



Esse vídeo ensina como jogar xadrez, fala de varias coisas importantes para aprender a jogar. Fala das definições do jogo que é um jogo que se assemelha á guerra onde um exército luta contra o outro dispondo do mesmo numero de elementos no inicio da partida, de regras e noções elementares, do objetivo do jogo que seria fazer o xeque mate, dos movimentos de cada peça que seria o Rei, a Dama, a Torre, o Bispo, o Cavalo e o Peão, do Tabuleiro e as Peças, de alguns movimentos excepcionais e alguns exemplos de jogadas.


terça-feira, 2 de março de 2010

A Formação do Profissinal na Educação Fisica "Formação Tradicional e Cientifica


Buscando relacionar a ação pedagógica do professor à sua formação profissional, Darido identificou dois tipos de formação: aquela tradicional, voltada à valorização da prática esportiva em detrimento de outras práticas educativas, valorização da competição e da performance, e outra mais científica, a qual enfatiza a teoria e o conhecimento científico derivado das ciências-mães.

No primeiro tipo de formação parece não haver dúvidas quanto à prática pedagógica dos professores, pois ambos coincidem quanto aos valores.

O papel do professor é bastante aproximado ao papel do treinador.

Ele seleciona e organiza os conteúdos, a metodologia e a avaliação, ele é disciplinador, ou seja, ele é “um treinador que vigia, dirige, aconselha, corrige” Château.

Além disso, ele mantém relações impessoais com os alunos, com o objetivo de garantir a sua autoridade.

No entanto, na formação mais cientifica, a qual tenta corrigir as falhas detectadas na formação dita tradicional, os resultados da prática não se apresentaram muito bem, pois, de acordo com Lawson “os conhecimentos derivados das ciências-mães não chegaram a influenciar definitivamente a prática”, ou seja, os conhecimentos adquiridos, por exemplo, em disciplinas como Fisiologia do Exercício, Aprendizagem Motora ou Sociologia não são utilizados pelos professores em suas aulas, ficando sua prática pedagógica atrelada ainda aos esportes tradicionais, ao gesto técnico ou à postura

acrítica.

Além disso, Betti também citando Lawson, aponta para mais duas considerações a esse respeito.

Em uma delas, ele relata que não há garantia de que o conhecimento produzido nas subáreas de pesquisa, supracitadas, possa ser transportado para os diversos locais onde ocorre a prática profissional, pois suas características podem ser variadas e complexas, ou seja, não é possível generalizar esse conhecimento para a prática pedagógica do professor, pois o contexto da prática não pode ser controlado. Na outra consideração o autor relata que:

Profissionais não pensam, agem ou falam como pesquisadores; profissionais e pesquisadores trabalham em diversas comunidades epistêmicas; pensam e agem de maneira diferente porque tiveram diferentes experiências de socialização, além de serem diferenciadas as exigências das suas carreiras profissionais e as demandas no seu trabalho. A própria linguagem da pesquisa e do conhecimento científico – formal e codificada – não é a mesma linguagem da prática profissional – cotidiana e informal.

Conseqüentemente, esse tipo de formação não garante que o papel do professor, o qual deveria estar centrado na preocupação com o desenvolvimento global do ser humano em todos os seus aspectos, esteja sendo cumprido. Lorenzeto acredita que isso pode estar ocorrendo, provavelmente, porque aquelas disciplinas destinadas a valorizar o ser humano não estão sendo abordadas de maneira adequada, ou seja, a

Psicologia, a Filosofia e a Sociologia:

apresentam programas cujos objetivos e conteúdos preocupam-se mais com fatos históricos e metodológicos do que propriamente com a problemática das relações humanas, entremeadas pelo medo, pela desconfiança, pela vaidade, pela coragem, pela covardia, pela agressividade, pela empatia, pela alegria, pelo amor, pela amizade, pela esperança, pela descrença, pela responsabilidade, pela fantasia.

Portanto, dentre os objetivos de estudar o papel e o perfil do professor de Educação Física, destaca-se a busca por um tipo de formação profissional capaz de, senão sanar, ao menos amenizar os problemas

expostos acima.