terça-feira, 13 de abril de 2010

Jiu Jitsu

Origem do Jiu-Jítsu







Oriundo dos mosteiros hindus da Idade Média, onde fora concebido como forma de defesa alternativa - que defendesse, que neutralizasse, que anulasse e subjugasse sem causar danos físicos aos adversários - preceitos estes que não viriam violentar os rígidos dogmas religiosos dos monges budistas, o Jiu-Jitsu que, em japonês significa "Arte Suave", desde os seus primórdios, teve sempre como filosofia básica a autodefesa, mesmo quando esta, implicasse na necessidade de ataque preventivo ao adversário.


Ao emigrar para o Japão, o Jiu-Jitsu encontrou ali o seu habitate, transformando-se no esporte nacional por excelência.


O Jiu-Jitsu chegou ao Brasil em meados da década de 20, trazido pelo campeão japonês Mitsuo Maeda Koma (o lendário Conde Koma). Como fruto que nascera desta admiração mútua entre Mestre e Discípulo, estava se iniciando a saga brasileira do Jiu-Jitsu, que aportou no Pará e conheceu o mestre Carlos Gracie, a quem ensinou o Jiu-Jitsu na condição de este ser mantido em segredo. Carlos Gracie não só aprendeu a técnica, como ensinou a seus irmãos dos quais fazia parte Helio Gracie, o caçula da família, que veio a ser o grande gênio nessa arte, desenvolvendo esta a ponto de hoje ser considerada como a arte marcial mais completa e eficiente do mundo, e no exterior sendo conhecida como Brazilian Jiu-Jitsu.


As atribulações e alguns excessos cometidos durante a fase de implantação do esporte no país, nesta época foram considerados necessários e justificáveis, são vistos hoje como a pré-história de um Jiu-Jitsu que se encontra organizado como esporte federado. Sem dúvida, o Jiu-Jitsu é o esporte individual que mais cresce no país: cerca de 200.000 praticantes; 13.000 salas de ensino (considerando somente as grandes capitais - Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Fortaleza, Recife e Brasília). No último campeonato nacional, cerca de 2.000 atletas realizaram 1.700 lutas diante de um público rotativo de 12.000 pessoas.


O Jiu-Jitsu é uma Arte Marcial notabilizada pelos samurais guerreiros do Japão feudal; tecnicamente, consiste numa reunião de golpes e processos que permitem um homem desarmado, enfrentar um ou mais adversários, armados ou não, com possibilidade de vitória. Foi do jiu-jitsu que veio a existir o Judô, que foi inventado por Jigoro Kano (1860-1938), com a revolução de costumes que abalou o Japão a partir de 1868, dedicou-se ele a reviver o Jiu-Jitsu, partindo das velhas escolas e de antigos mestres. Antigamente o jiu-jitsu era praticado com chutes e pontapés além dos golpes nas articulações, para formar fortes guerreiros, o judô era a mesma coisa que o Jiu-jitsu, mas sem chutes e socos.


Hoje, quem desconhece o Jiu-Jitsu está definitivamente desatualizado. A luta está difundida inclusive no exterior, onde os brasileiros são imerecidamente reconhecidos como os melhores, até mesmo os especialistas em outras artes marciais aderem ao nosso esporte conscientes da sua eficiência.



No Brasil


Em 1917, Mitsuyo Maeda, também conhecido como conde Koma, foi enviado ao Brasil em missão diplomática com o objetivo de receber os imigrantes japoneses e fixá-los no país. Sensei da Academia Kodokan de judô, Maeda ensinou Carlos Gracie em virtude da afinidade com seu pai, Gastão Gracie. Carlos por sua vez ensinou a seus demais irmãos, em especial a Hélio Gracie. Neste ponto surgem duas teorias. A primeira alega que Maeda ensinou somente o judô de Jigoro Kano a Carlos, e esse o repassou a Hélio, que era o mais franzino dos Gracies, adaptando-o com grande enfoque no Ne-Waza - técnicas de solo do judô, ponto central do jiu-jitsu esportivo brasileiro. Para compensar seu biotipo, a partir dos ensinamentos de Carlos, Hélio aprimorou a parte de solo pelo uso do dispositivo de alavanca, dando-lhe a força extra que o mesmo não dispunha. A segunda teoria, apoiada pelos Gracies, fala que Maeda era, também, exímio praticante de jiu-jitsu antigo, como Jigoro Kano, e foi essa a arte que ensinou ao brasileiros. Porém, em uma recente entrevista, Hélio Gracie afirma que "Carlos lutava judô", que "Não 'existe' mais Jiu-Jitsu no Japão, e que os lutadores de Newaza japoneses que praticam MMA hoje em dia, são essencialmente Judocas" e finalmente que "Criou o Jiu-Jitsu existente hoje.". É certo que o jiu-jitsu tradicional de muito difere do praticado no Brasil atualmente. Este possui imobilizações, chaves e finalizações que privilegiam mais o uso da técnica em detrimento da força; assemelhando-se bastante ao Judô "Kosen" da época de Jigoro Kano. O Judô existente antes da Segunda Guerra Mundial, ensinado à Mitsuyo Maeda, fora influenciado, como já dito, por muitas escolas e, dentre elas, a "Kosen", que privilegiava o trabalho de solo sem limite de tempo. Tais evidências, acompanhadas pelos clamores de Hélio ao fim de sua vida, enaltecem a probabilidade da teoria de que o Jiu-Jitsu brasileiro surgiu do Judô ser verdadeira.



Em Portugal




Atualmente ainda se pratica o jujutsu associado aos samurais do antigo Japão. Note-se que no caso dessa arte tradicional as palavras ju (flexibilidade, gentil, suave) e jutsu (arte) são diferentes das jiu-jitsu mais utilizadas para classificar o chamado jiu-jitsu brasileiro, criado pelos irmãos Gracie. Crê-se que essa vertente tenha sido propagada na Europa por Minuro Mochizuki.


No caso do jujutsu tradicional são utilizadas armas como o tanto (faca), o tambo (bastão), o kubotan ou kashnobo (semelhante auma caneta), a tonfa (utilizada pelas forças policiais), o bo (bastão comprido) e a katana, entre outros.


Tendo a vertente dedefesa pessoal, militar ou policial compreende técnicas de batimento, projeção, imobilização, controle, estrangulamento e reanimação, além de poder ser combinado com astécnicas de massagem terapêutica (shiatsu ou seitai).


A maior diferença entre os estilos tradicional e brasileiro talvez seja o uso de diferentes armas (bukiwaza) e também uma menor utilização da luta no chão no jujutsu tradicional, sendo que esse utiliza também técnicas de controle como o hojojutsu. Nessa arte também as graduações são diferentes, além de um maior vínculo aos usos e tradições japonesas. A ligação ao mestre é muito forte e são utilizadas com muita freqüências expressões e nomes japoneses no tocante às técnicas.


Faixas do Jiu Jitsu




Como todos sabem o Jiu Jitsu é uma luta japonesa e existe varias faixas onde o atleta vai mudando com decorrer do tempo, nos vamos mostrar para você varias cores de faixas e o significado delas.


No Jiu-Jitsu não existe um tempo estipulado para cada faixa, você só vai receber uma nova faixa se tiver se empenhado bastante, se você tiver se esforçado o suficiente para merecer uma nova faixa


1. Branca – Iniciante, qualquer idade


2. Cinza – 04 a 06 anos


3. Amarela – 07 a 15 anos


4. Laranja – 10 a 15 anos


5. Verde – 13 a 15 anos


6. Azul – 16 anos ou mais


7. Roxa – 16 anos ou mais


8. Marrom – 18 anos ou mais


9. Preta – 19 anos ou mais


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